terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sobre formatos e pincéis mortos

Estive envolvido com a produção de duas HQs curtas, respectivamente 9 e 8 páginas, para uma revista de terror (ainda em segredo, breve divulgo aqui) e para a Quadrinhópole #9, do amigo Leo Melo. Para essas HQs, resolvi voltar ao bom e velho pincel e nanquim. O lado bom foi uma arte mais solta, originais para guardar e expor (um deles foi parar na exposição Desbravadores, de Campinas, com curadoria do amigo Mario Cau) e o contato com materiais tradicionais. O lado ruim: meu pincel favorito "morreu". A ponta esgarçou, e ficou impossível trabalhar com ele. Num tour em todas as lojas daqui da cidade não encontrei mais o velho parceiro.

Como já iniciei a série "Arquivos Perdidos", o jeito vai ser voltar ao digital. Como essa série estou pretendendo fazer em cores, talvez facilite... E falando na série, comecei trabalhando no formato tradicional, ou seja "retrato", e depois pensei: se a série será publicada online, não será melhor fazer as páginas na horizontal?
Com paciência de Jó redesenhei a primeira página nesse formato. Mas a verdade é que não gostei do resultado: acabo forçando a narrativa e diagramação para caber no formato. E no meu entender o formato deve servir à narrativa, e não ao contrário. Então, vamos combinar que ler quadrinhos no formato tradicional é mais confortável. E afinal de contas os tablets estão cada vez mais presentes.
Abaixo as duas páginas (uma delas mostra um quadro finalizado e interrompido pela morte do pincel...)

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